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Dados da Via Espírito Santo > Pancas > Pedra da Agulha > Chaminé Brasília

Ampliar imagem Chaminé Brasília
Traçado aproximado da "Chaminé Brasília".
Chaminé Brasília Imprimir informações da via
5º V A0 D4 E4
Cadastrada por: Luciano Bender, em 18-06-2021 às 17:12
Alterada por: Luciano Bender, em 27-02-2024 às 21:06
Modalidade: tradicional
Tipo de via: principal
Tipo de escalada predominante: chaminé
Extensão: 450 metros
Descrição: 1º esticão:

Da base dá pra ver uma parada dupla. Isso dá mais ou menos uns 50m. No croqui, aparece uma parada dupla, onde um grampo é novo e outro velho sendo um em cada lado da fenda. O que estou chamando de P1 é mais pra cima apesar do croqui não mostrar isso.

2º esticão:

Marcado pelos 3 tufos de mato que entopem a chaminé. Cabe um Camalot 4 logo abaixo do 1º tufo. O segundo tufo é maior e chega a formar um teto de terra. Logo abaixo deste tufo tem um grampo original usável e bem camuflado pelo mato. No terceiro tufo que é maior ainda, a estória se repete. A parada seguinte é bem ampla. Existe um grampo novo e um velho entortado. No croqui isto fica na altura do grampo 9 (mas a contagem deveria ser 10) onde aparece o primeiro verdinho de mato.

3º esticão:

Começa com uma laca e depois segue por uma chaminé cansativa e bem exposta. O lance acaba em uma árvore onde está uma parada dupla. Este ponto é fácil de reconhecer no croqui, fica na altura do grampo 13 onde tem um Platô com arvores.

4º esticão:

Nuts na saída. Depois a tendência é emburacar montanha adentro. No caminho existe um platô grande com um grampo original, mas está meio fora da linha. Depois disso vem o trecho das “pedras emprensadas”. Boas pra passar fitas. O grampo que aparece no croqui acima das pedras imprensadas entortou apenas com o peso do corpo segundo relatos dos últimos escaladores. Fica em um platô que marca o início do crux. Um camalot 3 melhora a proteção. O lance começa em tesoura (meia abertura) e uns 3m acima já dá pra opor pés e costas. A parede dos pés é bem lisa, e a parede das costas é meio negativa e quebradiça. Não dá pra proteger nada até um bloco de pedra uns 12m acima. Parei nesse bloco entalado onde tem um grampo original bom. A corda era de 70m e foi usada quase toda a extensão.

5º esticão:

A saída ainda é em rocha meio escorregadia até chegar num platô 5m acima. A via segue entrando mais na montanha, por trecho meio escuro até um grande platô bipartido. O chão é forrado com restos de insetos. A via segue por dentro subindo por blocos. Logo depois tem o pior estreitamento da via. É bom tirar tudo da cintura antes.

Pelo adiantado da hora e falta de lugar melhor, descemos até o platô, onde bivacamos. Foi nossa P5. Por isso este esticão ficou com apenas uns 30m.

6º esticão:

Depois de repetir os blocos e o estreitamento a chaminé ficou uniforme por muitos metros. O lance é de dificuldade média, porém bem desprotegido na sua parte inicial. Do meio pra cima surge uma fenda boa pra nuts na parede da direita. Tem um grampo original no meio, e lá adiante a parada dupla também com grampos originais. A P6 é uma parada desconfortável por te deixar pendurado.

7º esticão:

A saída é trabalhosa. Depois de vencer este lance a chaminé fica mais confortável e o caminho é em direção ao teto e pra dentro. Tem um grampo novo e um velho ruim marcando o início da horizontal conhecida por “buraco do Salomith”. Neste ponto deixei o capacete e várias peças. A partir daí usamos só os dois Big Brothers, Camalot 0,75 e o 4 e fitas. A fenda é mais aberta na parte de cima. O big brother 3 ficou firme lá no alto e foi importante para direcionar a corda até o outro lado. O lance apertado é curto. O final desta horizontal dá até pra caminhar. Na falta de arvores e grampos, a ancoragem P7 foi no corpo mesmo. Da P7 dava pra ver o local de acampamento indicado no croqui.

8º esticão:

O lance em livre que antecede o artificial é por uma parede cheia de vegetação e musgo, com rocha quebradiça. O lance é exposto. O croqui indicava que os três grampos do artificial estavam podres e precisavam ser trocados. Somente o segundo, que era o pior deles, foi substituído. A fissura a seguir era mais cansativa e difícil que o imaginado e a corda atritava muito, por isso o último grampo da via foi usado como parada, a P8. Disparado a pior parada! Este esticão ficou com 35m. Existem algumas árvores de médio porte depois, se for possível vencer o atrito compensa seguir.

9º esticão:

Atenção pra que a corda não fique presa na fenda abaixo! A partir daí a graduação da via diminui. Foi usada uma arvorezinha como P9.

10º esticão:

Trepa-mato e costão até o cume. O CUME!!!!!!

O CUME:

No cume tem uma grande pilha de pedras pra marcar onde está o livro de cume. Ele está em um pote de plástico, de cabeça pra baixo. É um folder da secretaria de turismo de Pancas com mais umas poucas folhas brancas. O único relato que encontramos foi da galera que conquistou a via Bernardo Collares. Quem for repetir, seria uma boa levar uma urna (marmita) com um caderno mais adequado.

O Rapel:

1º: Do cume usamos uma arvorezinha razoável até a P9, que também era uma arvorezinha razoável. Usamos só a corda de 70m, mas com folga.

2º: Corda de 70m, mas com folga, até uma matinha mais fechada e uma árvore melhorzinha.

3º: Corda de 70m, mas com folga, até o grampo mais alto da via, número 26 no croqui, e que foi nossa P8.

4º: Corda de 70m, mas com folga, Do grampo 26 até o platô perto do “acampamento”. Passamos a corda pela base do grampo e não pelo olhal.

5º: Não é rapel. Trata-se de fazer a horizontal ao contrário.

6º: A partir daqui todos os rapéis são com as cordas unidas. Este sai de P6 e chega na P5 onde passamos a noite anterior. O grampo (novo) está perto da borda externa em boa posição.

7º: Sai de P5 e chega um tanto abaixo do platô que tem o grampo número 14 no croqui.

8º: Chega em P3 (platô das arvores)

9º: Chega em P2

10º: Chega abaixo da P1 onde o croqui mostra o grampo 6 ao lado de um novo.

11º: Chega ao Chão!
Fonte: Sandro R. A. Souza, baseado na repetição de 16/Abril/2012 por Fabrício Amaral e Sandro Souza. Associação Capixaba de Escalada; https://cerj.org.br/decada-de-50/
Equipamento mínimo necessário:
  • 2 cordas de 60 m
  • Camalots de # 0.75 ao 4
  • Big Brothers 3 e 4
  • nuts BD de 5 ao 12
  • 10 fitas 120cm
  • 12 costuras
Data da conquista: 16/07/1959
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