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Até o momento, temos 9.084 vias cadastradas em 1678 locais de 419 cidades de 24 estados brasileiros.

Leonardo Alvarez

Leonardo Alvarez
Nome: Leonardo Alvarez
Apelido: Leo
Perfil: Nasci em 1952. Sou espanhol de "nascimento". Vim para o Brasil com 02 anos de idade, trazido pela minha mãe, para encontrar com meu pai que aqui estava desde 1953, fugindo da guerra civil espanhola.
Desde a juventude já frequentava Parques Nacionais e fazia minhas caminhadas e travessias sozinho, levado pelos meus pais.
No segundo ano da faculdade de arquitetura da UFF (1974) na qual me formei em 1977, vi um anúncio do CEL sobre uma excursão à Pedra Bonita, RJ, e surgiu o interesse de conhecer mais pessoas que praticavam o esporte, principalmente escalada.
Dai me tornei sócio do CEL e comecei a frequentar um clube de montanha, participando ativamente da programação e iniciando a minha vida de escalador.
Me tornei guia escalador, pela antiga FMERJ, em 1978, o que demandou mais de um ano de provas e passei a guiar oficialmente pelo clube.
Participei da antiga diretoria da FMERJ, como conselheiro técnico e examinador de guias a convite de um grande amigo, Feliz Pires de Oliveira, diretor técnico na época, que fiz no esporte.
Logo a seguir tomei gosto pelos grandes desafios no esporte que eram as conquistas (abrir novas vias de escalada) e em parceria com outro grande amigo do esporte, João Carlos Müller e minha esposa, Annelise Fraga, abri várias vias de escalada no Rio de Janeiro, de grande dificuldade e comprometimento para a época: Face Norte da Pedra Grande de Jacarepaguá, Pedra do Retiro em Petrópolis via Mileumn, na Pedra Rocha em Secretário as vias Metamorfose e Fissura Bedrock,... uma BigWall na Maria Comprida (não terminada) a terceira via do Pico Maior de Friburgo (não terminada/Utopia, hoje conhecida como variante Maria Maluca).
Motivado e curioso pelos livros e feitos dos grandes conquistadores da época (Lionel Terray, Gaston Rebuffat,..., quis conhecer outros lugares fora do Brasil e entre 1982/84 viajei a Espanha, Peru, Argentina e Chile, onde tive oportunidade de escalar em Montserrat (La Múmia e Mumieta, vias de 6c), fazer curso de escalada em gelo do C.A.Buenos Aires e escalar na Cordilheira Blanca (Nevado Osherapalca,...) Bariloche (Cerro Tronador) e mais tarde em 1986 e 1989 o Aconcágua, pela via normal.
Estando no Aconcágua em 1986, conheci dois escaladores espanhóis, que fizeram a parede Sul, e fui convidado a escalar com eles na Europa.
Em 1986 estive na Espanha e França, onde pude acompanhar de perto a evolução da escalada em rocha, visitei algumas falésias e vi como se estava elevando o nível de dificuldade.
As vias, principalmente de falésias, que posteriormente foram tituladas de esportivas, estavam sendo abertas de cima para baixo, tendo inclusive auxiliando em uma delas, com auxílio de furadeiras a bateria,.... e posteriormente sendo tentadas de baixo para cima (livrando a via). Na época, reinavam escaladores como Patric Edilinger, com seus feitos em Verdon, entre outros,...
Voltando ao Brasil dessa excursão, pus em prática o que vi por lá e abri o Paredão Buítre no Irmão Maior de Jacarepaguá(V/VII-7a), onde a parte superior da parede foi equipada com "spits" da Petzl (de cima para baixo) e posteriormente toda a enfiada feita em "livre" - o que na época não foi muito bem aceito por aqui. Talvez a primeira esportiva do RJ.
Em 1989, escalei junto com os espanhóis, montanhas e vias clássicas nos Pirineus (Mid d Oussau Face Norte via Ravier Bellefon / 6b), nos Picos de Europa (Naranjo de Bulnes Face Oeste, via Direta Muirciana,7a/7c em calcário), nos Alpes (Face Norte do Mont Blanc du Tacul, mista neve gelo e rocha, Goullote Gabarrou), Agulha de Midi, (via Rebuffat), Piz Badile (Face Norte/Cassin), Matterhorn (Aresta de Lion, mista neve e rocha), entre outras.
Na década de 90 e 2000, por assuntos profissionais e familiares, diminui a frequência nas paredes e escaladas.
A partir de 2010, voltei às escaladas e conquistas, tendo visitado outros estados como o Espírito Santo (Pancas) e aberto junto com Gustavo Silvano algumas vias de grande dificuldade, como a Deserto Vertical. na Pedra do Camelo (E5/VII), Arca de Noé, na Pedra da Baleia, Piku piku beer, em Minas Gerais, a Face Norte da Agulha de Ouro Verde,...
Em 2014 viajei, junto com minha esposa e Gustavo Silvano, às Dolomitas onde pudemos escalar o Campanile Basso (via Preuss),e abrimos duas vias. Uma na Gardiola (Bossa Nova) e outra no Col Ombert em Brenta.
Em 2016, com Gustavo, viajamos a Cordilheira Branca, em Huaraz, no Peru e abrimos uma via nas Torres de Paron (Alta Montanha a mais de 5000M) em frente a Esfinge no vale da laguna Paron e outra numa agulha, virgem, juntos com dois chilenos, que resolveram dar o meu nome a via.
Retomei velhos projetos nos Três Picos em Salinas, terminando a via na face sul do Pico Maior (O Elo Perdido),abrindo outra na mesma face (Shangrilá),conheci mais de perto meu novo parceiro de escalada, na serra, Leandro Baltazar(Japão) com quem tenho vivido momentos incríveis nas montanhas.
Juntos abrimos a via Shangrilá,no Pico Maior,a via Entre o Sol e a Ilusão, no Capacete,uma nova via na Caixa de Fósforos (Escada Secreta) juntos com Amarildo Chermont depois a via Ciranda, na Pedra Aguda( VI/7a), a esportiva Creme de la Creme, na mesma montanha com Amarildo Chermont.
No momento venho tentando conciliar a minha vida profissional, familiar, com as atividades de montanha, focando principalmente na abertura de novas vias de escalada.
Estado: Rio de Janeiro
Começou a escalar em: 1974
Cadastrou-se em: 13-02-2020 às 12:46

Vias que conquistei (11)