Paredão Paulo Ferreira
5º VI D3
Montanha: Irmão Maior do Leblon
Cadastrada por: Luciano Bender, em 06-07-2019 às 16:03
Modalidade: tradicional
Tipo de via: principal
Face:
Tipo de escalada predominante: agarras
Extensão: 450 metros
Descrição: Juntamente às vias Baden Powell e Patrick White, o Pr. Paulo Ferreira compõe uma das vias clássicas desta montanha.
Em 2021, foi finalizada a regrampeação de toda a via, com 60 proteções de titânio (incluindo as paradas duplas) e uma chapeleta de inox opcional no final, logo abaixo do cume.
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Abaixo, trecho do relato de Miguel Monteza quando de sua escalada em 17/07/2011:
"O 1º esticão foi fácil, e parei no início da horizontal. No 2º e 3º, alguns lances mais longos. O 4º esticão começa com uma reta que inclui o crux (VI), depois vem um zigue-zague e um trapa-mato pra esquerda. O 5º esticão é muito interessante. Lances de agarrência e aderência, e uma cristaleira no final com 1 lance longo, que chega a um bom platô de pedra. O 6º esticão foi uma diagonal pra esquerda, e chegou à base do "terraço" de mato, que atravessamos em seguida. Já em cima do terraço, o 7º esticão começa com um tetinho, com potencial de queda de platô. Não hesitei em segurar no mato ao lado. Depois do 1º grampo, um lance difícil pra esquerda deixa o participante vulnerável. Segui uma longa horizontal pra esquerda, 3 grampos pra cima, e parei.
No 8º e último esticão, o América passou um sufoco... Não encontrou os grampos 46 e 47, e teve que costurar num arbusto pra reduzir o fator 2. Continuou subindo e uma agarra de mão quebrou... O jeito foi subir mais, mesmo se lembrando como era sua última proteção... Encontrou então o grampo 49 destruído pela corrosão (o tarugo acabou, ficando só o olhal). Por sorte, o 48 estava próximo e, dali, ele seguiu pro mato e entrou na diagonal final, pra esquerda. Chegou ao grampo 51 (último) sem achar o 50. Participando, ainda procurei mais pelos grampos, e nada... A vegetação deve ter escondido ou a ferrugem comeu.
Dalí paro cume é uma escalaminhada com muito mato e alguma rocha. No cume, encontrei um grampo pé de galinha mais pra direita, que foi útil pra chamar o América."
O nome da via faz homenagem a um dos conquistadores, o Paulo "Bruxo", que durante a conquista sofreu um grande acidente, caindo por mais de 50 metros, até atingir a base. A história deste acidente é épica no Rio de Janeiro. Felizmente, apesar de bastante machucado, o pior não lhe aconteceu!
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O acesso à base se faz por uma escadaria à esquerda do prédio da ONG Ser Alzira de Aleluia, n° 128 da Rua Major Toja Martinez Filho, no Vidigal. No final da escadaria (peça licença pra passar, caso encontre alguém) pule um muro baixo à direita e siga a óbvia trilha em frente até encostar na pedra, e siga então para a esquerda por algumas dezenas de metros até a base da via. Descida por caminhada super-aberta.
Sol o dia todo. Entrar cedo faz a diferença
Fonte: Miguel Monteza / André Ilha
Equipamento extra necessário:
- 1 corda 60 metros
- 12 costuras, algumas longas
- 1 cam #3
Data da conquista: 23/07/1977