Secundo Costa Neto
6º VIIa (A0/VIIa) A0 D2 E3
Montanha: Pão de Açúcar
Cadastrada por: Luciano Bender, em 16-04-2019 às 16:00
Modalidade: tradicional
Tipo de via: principal
Face: norte
Tipo de escalada predominante: agarras
Extensão: 300 metros
Descrição: A Secundo está localizada na face norte do Pão de Açúcar. Para acessar a sua base, é preciso entrar a Pista Cláudio Coutinho, no canto esquerdo da Praia Vermelha na Urca. Aproximadamente na metade da pista, é preciso pegar a trilha para o Morro da Urca, que é praticamente uma avenida, e subir em direção ao colo do Morro da Urca com o Pão de Açúcar.
Chegando-se ao colo, é preciso seguir por uma trilha para a direita, em direção à face oeste do Pão de Açúcar. Ao chegar à torre de luz (estrutura metálica), é preciso pegar uma trilha discreta e pouco definida para esquerda, descendo em direção à face norte. A base da Secundo é muito singular: fica sobre um grande bloco de pedra e colada com a chaminé da primeira enfiada. Não tem erro!
A primeira enfiada começa pela famosa chaminé, que é grande e exposta, com apenas um grampo no final após aproximadamente 20 metros de escalada. No entanto, a proteção pode ser melhorada com fitas em blocos entalados no interior da chaminé, ou utilizando-se um bigbro #4, que fica muito bem encaixado no crux. Existe um bico de pedra na beirada da chaminé, que pode ser usado como apoio para os pés, facilitando-se a colocação da peça. Na sequência, a chaminé vira um lance de entalamento, uma espécie de fenda de meio corpo (off-width), mas depois volta a ficar aberta. Depois da chaminé, a enfiada segue pela esquerda, por um sistema de diedros e fendas, sempre com grampos, e termina em um platô confortável na base da segunda chaminé.
Obs: é recomendável fazer uma parada intermediária no final da chaminé, para subir as mochilas. Assim, tanto o guia quanto o participante podem escalar com mais facilidade.
A segunda enfiada é uma das mais bonitas. Começa com uma curta chaminé, mas, logo em seguida, já se transforma em um diedro perfeito protegido por grampos. Ela termina em um platô com parada dupla, e essa enfiada deve estar cotada entre IV e V grau, não passando dessa graduação.
A terceira enfiada é curtinha. Primeiro, é preciso sair caminhando-se para a esquerda pelo platô e entrando na face externa da parede na ponta do diedro. Depois, segue por uma retinha técnica até o próximo platô, onde existe uma parada dupla. Essa retinha é toda em agarras pequenas, com lances delicados para pés e mãos, sendo cotada entre sexto e sétimo grau.
A quarta enfiada é onde está o crux da via: uma reta muito bem protegida, onde o grau vai subindo gradativamente. Essa enfiada começa com lances de VI e, no final, existe um crux técnico de VIIa, que pode ser feito em artificial (A0). Essa enfiada termina em uma parada dupla na parede vertical. Logo, a posição não é das mais confortáveis.
A quinta enfiada é praticamente uma continuação da quarta, inclusive as duas podem ser feitas de uma só vez, utilizando-se uma corda de 70m e costuras adicionais. Essa enfiada é relativamente curta e segue em agarras grandes, na casa do V grau, e termina em um platô grande.
A sexta enfiada começa com uma pequena travessia em diagonal para a direita, mas, logo depois, existe um lance de boulder, onde é preciso fazer uma movimento dinâmico na casa do VI grau. Após esse lance, a via segue para cima e depois cai ligeiramente para esquerda até um micro platô com uma parada dupla, sempre na casa do terceiro ou quarto grau.
A sétima e oitava enfiadas ficam na reta do "mar de agarras", e podem ser feitas em apenas uma enfiada utilizando uma corda de 70 metros, sempre na casa do IV grau, com agarras grandes. Essa enfiada termina em um platô grande com parada dupla.
Para acessar a nona e última enfiada, é preciso fazer uma pequena travessia para a direita, onde existe apenas um lance fácil de escalada e grande parte do trecho é feito andando.
A nona enfiada é um diedro todo grampeado, onde é preciso posicionar os pés em aderência, sempre com boas opções para as mãos na borda ou no interior do diedro. No final desse diedro, é preciso fazer uma travessia para a direita, para depois fazer outra travessia para a esquerda, seguindo um veio de cristal. Após este trecho, basta fazer um fácil lance de domínio e já é possível chegar ao cume. A parada final pode ser feita em dois canos verdes de ferro em forma de ferradura.
Para voltar para a Pista Claudio Coutinho basta pegar o bondinho até o Morro da Urca e depois descer a trilha.
Fonte: www.escaladasclassicas.com
Data da conquista: 1957